quarta-feira, junho 25, 2008

Um país tal como uma selecção


Burrice de uns, ceguices de outros, e "experiência" de outros tantos dá nisto. Tudo para casa porque sonhar faz mal. Não fui daqueles que sonhavam com Portugal campeão do mundo, não sou daqueles que era capaz de estar 4 horas em pé ou ao sol para no fim, para ter um orgasmo de 10 segundos ao ver passar um autocarro da selecção de vidros escuros com uns mimados monetários lá dentro. Não. Analiso as coisas de outra forma. Scolari começou a entrar no efeito "Pinto-da-Costa-Madail-Oliveira-Jorge-Mendes-que-metem-a-jogar-os- -jogadores-de-interesse-economico-e-nao-desportivo-tal-e-qual-como-na-coreia". Esperava mais de Scolari. E também de Ricardo. E também de um pavão que se acha muito giro, mas de giro, só mesmo aquele saco de açúcar que levou na tromba há 4 anos na portela na viagem de regresso a Lisboa. Uns têem vergonha e saem. Outros vão ficando porque o filho da puta do tacho tem muito dinheiro. Dizem que dá aos mil contos por mês ou mais. E custa largar, qual chulo agarrado a uma puta.
Já estava preparado para este final. Foi aos pés da Alemanha, poderosa e tal... mas de muito fraco jogar. Não passamos. Voltamos para casa. Durante uns dias conseguiu-se tapar a gigantesca marranada que vai no futebol português, quando uns são castigados na uefa, mas depois, jã não são, porque aqueles que comem os "miles contos" por mês, conseguiram arranjar na pia(objecto onde se deitava comida a animais) um cantinho para todos caberem a comer e ninguém se zangar. Por outro lado, já ninguém se lembrava do desemprego, dos combustíveis altos, dos pescadores na lota, dos ordenados baixos, dos bloqueios, entre muitas outras coisas, etc etc. Portugal andava desinteressado na sua vida quotidiana, e a Alemanha veio mandar-nos ter juízo e que olhássemos para o que se passa cá. Era bom ser campeão, afogava-se as mágoas um pouco e tal, mas não passava disso. Era apenas solução para os que comem, ainda comerem mais, porque, claro, clamavam-se muitíssimo competentes. Sendo assim, então, por mim, agradeço á Alemanha, por ter aberto os olhos e porque tal como o outro, ainda não podemos ser campeões, porque adiava-se sem pensar e em euforia e orgasmo colectivo o inadiável... que é um país não de merda, mas que está na merda, mas que para lá caminha... para a merda.
Que haja mais e muitas manifestações como a dos camionistas. E claro, rua com o Ricardo, Paulo Ferreira, e Madail entre outros. É hora de dar o lugar a outros.

quarta-feira, junho 18, 2008

Estes dias de Junho

Dias mexidos e agitados estes de Junho, ao mesmo tempo stressantes e por vezes de alívio. Cadeiras feitas e outras para exames, notas classificativas por sair e outras que teimam em sair. Stresses. Outras notas, algumas, poucas, na carteira, mas estas, para mandar vir a cervejinha quando sentado numa cadeira duma esplanada qualquer a sorrir porque Portugal vai mais além no Euro. O golo dos luso-brasileiros, e um orgasmo colectivo como se fossem cá dos nossos. E são. O stress a ir embora. Mais um exame, e mais um stress. Tudo volta ao inicio neste mês agitado e de euforia. Um ciclo vicioso. Desde que a selecção ganhe. Desde que apareça um 10 na pauta.

terça-feira, junho 17, 2008

Audi está para a corridas de resistência...

A Peugeot bem que tentou. Andou um ano a testar o 908 HDI, correu o ELMS Series, tinha um carro que era 3 a 4 segundos por volta mais rápido que o Audi R10 TDI mas ao mesmo tempo mais consumista que o Audi (por turno o Audi (que usou bio-combustível) dava mais uma volta que os Peugeot, que nas contas finais do tempo gasto nas boxes, revelou que a Audi gastou menos 4 minutos que a Peugeot). Mas esqueceu-se de um pequeno pormenor, que resolveu a corrida, tal como há 3 anos atrás. Um corrida de 24 horas não importa dar 4 segundos por volta ao oponente, mas sim ter um carro fiável para 24 horas seguidas mais ou menos a fundo. Isto aliado ao mau equilíbrio do carro, pois de que vale ser rápido em piso seco, se o carro é mal equilibrado em piso molhado. E foi aí que a Peugeot perdeu a corrida. Foram 13 horas na liderança, até que apareceu a chuva. Depois, os "meninos do Audi" passaram a dar eles 7 a 8 segundos por volta aos Peugeot. Tomaram a liderança da corrida, e afastaram-se até quase 2 voltas do 2º classificado. Quando secava o piso, o Peugeot aproximava-se, e quando voltava a chover, era ver o Audi ir embora. Ainda houve uns incidentes com o Peugeot que fez pião, e o Audi que acertou num retardatário. Mas tudo controlado. No fim ganhou o melhor. Audi 8 vezes campeã em Le Mans e mais ou menos 9 vezes seguidas, já que o Bentley, não era mais que um Audi pintado de verde com carroçaria. Foi merecido.
No fim, uma nota de destaque que de certeza poucos deram conta. Em Le Mans há um "acordo de cavalheiros", que diz que a corrida acaba na penúltima volta, sendo a última de consagração do vencedor com todos os carros a alinhar detrás do carro vencedor. Desta vez não foi assim. O Audi abrandou na última volta e todos se colocaram atrás do vencedor para a consagração como o normal acordado há anos. Mas a Peugeot não. O carro que finalizou em segundo, ultrapassou o Audi e deu mais uma volta, para pura e simplesmente, nas contagens finais, não aparecer com 2 voltas de atraso, mas sim, uns meros quase 5 minutos, mas na mesma volta do vencedor. Ninguém deu importância, mas é de destacar a azia dos franceses, sempre engraçado de ver o seu lindo mau perder.
Obrigado Audi por mais esta vitória. Quando me coloco ao volante do meu TDI do grupo VAG, sei que posso segredar-lhe ao ouvido: "Já são 9 vitórias seguidas em Le Mans. Para o ano damos mais uma vez a hipótese de eles todos verem como se faz"
Compadrios e patriotismos à parte, um azar tremendo para o nosso Lamy. Espero um melhor resultado dele para o ano. Gostava de o ver na Audi. Era o carro mais rápido de todos. Mas como disse ao inicio, de que vale ter um carro muito rápido, se é muito guloso e não aguenta 24 horas seguidas.
E atenção, para o ano vem aí o Audi R15.

sexta-feira, junho 06, 2008

Preciosismos na Língua Portuguesa 1

E eu que julgava que eram só os jogadores da bola que tinham comentários preciosos que eram o ganha pão de alguns humoristas, eis que, em directo, numa corrida de toiros, um cavaleiro bem conceituado português afirma com toda a calma do mundo depois que uma breve pausa em que pensa o que diz, e remata:
"Penso que me sinto feliz".
Ou está ou não está. Ou então acha. Agora pensar o que está no momento a sentir, na primeira pessoa, sem saber realmente o que sente, é obra.