quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Compromissos...

Já dizia a minha avó:
"Quem muitos burros tem para tocar, algum há-de ficar para trás".

Referia-se a compromissos e tarefas. Quem muitos compromissos tem para atender, a algum irá falhar. No entanto, se aplicar este ditado ao mundo da vivência social, talvez daria qualquer coisa como, "eu não tirei ninguém da minha vida, apenas reorganizo as prioridades".

Perdem-se uns, ganham-se outros.
Palavras sábias as da minha avó.

terça-feira, fevereiro 25, 2014

Descobertas

Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais.

Talvez seja mesmo por não falarem, pois assim não dizem merda.

Ao menos esses, não nos desiludem.

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

O valor de um SMS

Mandamos dezenas de sms por dia. Algumas pessoas enviam centenas. O preço? Barato, por vezes de borla.

Passamos o dia com o telemóvel na mão e recorremos a ele de dez em dez minutos. Tornou-se hábito dar notícias e "falar" por sms.

Um sms é uma notícia rápida. Escrever e enviar um sms com "olha, consegui ou conclui com êxito esta actividade. Estou toda(o) contente" não leva mais do que 30 segundos e em poucas palavras consegue-se dizer muito. Exprime-se e passa-se emoção. Transmite-se felicidade.

Mas há o outro lado reverso. Não dizer nada é prova sintomática de que não queremos partilhar notícias nossas ou boas emoções com outras pessoas, sejam elas ou não, das pessoas mais importantes das nossas vidas. Sendo assim, considera-se essas  pessoas de não úteis e pouco interessantes ao bem estar de quem podia enviar os sms. O valor e a intenção dessa pessoa, está assim no porquê de enviar ou não o sms.

Expressivo e duro. Tão evidente e claro como a água.

domingo, fevereiro 23, 2014

Tudo o que sabemos

Nunca se deve acreditar em tudo o que se ouve, nem nunca se deve contar tudo o que sabemos. É verdade. Serve tanto para informações diversas como para opiniões.
Mentirosos há muitos, e quem conta um conto acrescenta um ponto. No entanto e é verdade, nunca ninguém conta tudo o que sabe não por ficar sem informação alguma, mas sim porque não quer contar tudo por receio. Medos. Medo que ao contar essa informação, esta se perca e deixe de lhe ser única, ou então que uma pessoa se afaste por uma opinião tão cáustica. É sintomático e admirável.
Preferimos deixar "o que sabemos" no mais fundo de nós, do que acabar com algo que durou tanto tempo a construir.

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Descartável

O telemóvel que não toca. Não dá sinal nenhum de nada. Nem um toque, uma chamada, uma mensagem... Nada. Passa horas e dias assim.
É a certeza do quão descartável pode ser um ser humano. Esquecem e apagam... Tão rápido e duradouro como um fósforo que arde.

Reciclagem social

Há sempre uma mensagem em tudo que se diz ou se faz.  Quando sem qualquer motivo para tal, te afastam, não  te ligam, te viram as costas, te dizem que se vão  afastar por qualquer motivo próprio, quando te trocam, quando te culpam pelos próprios erros, quando não te procuram,  tens a certeza de uma coisa e de algumas respostas a perguntas que jamais ousas-te pensar: ou apenas fos-te um meio para um fim, ou fos-te apenas usado, ou fizes-te pelos outros aquilo que eles não mereciam que tivesses feito,  ou no entanto talvez não prestes e sejas tu que estás a mais e pura e simplesmente não te querem. És reciclado qual objecto descartável. Sociedades modernas resultantes da pouca vivência social. No entanto, fica a certeza e a clareza do conteúdo do interior de cada um deles, e isso, é impagável sabê-lo, e é de um admirável nojo.
Valem o que valem.